Março é o mês de conscientização do câncer colorretal. Este tipo de tumor acomete a porção final do intestino, ou seja, o intestino grosso e o reto. Ele é mais incidente nas mulheres, o que torna esse tipo de tumor o segundo mais comum na população feminina.
O câncer de cólon e reto é uma doença influenciada por diversos fatores, sendo eles: genéticos (aquilo que você herda dos seus pais), ambientais (o que você come, usa e abusa) e estilo de vida (aquilo que você faz e deixa de fazer).
No Brasil, foram diagnosticados quase 20.000 novos casos de câncer colorretal em 2018, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo o quarto no ranking de óbito por câncer no mundo.
FATORES DE RISCO
No caso do câncer do intestino grosso (cólon) e reto, existe na grande maioria dos casos, o surgimento de uma lesão precursora, que é o que chamamos de pólipos de intestino. Esses pequenos pólipos são o crescimento anormal de células da parte interna do intestino que crescem de modo desordenado e formam os tumores, ou o câncer colorretal.
População de risco para câncer colorretal: qualquer pessoa acima de 50 anos, familiares que tiveram câncer de intestino, portadores de doença inflamatória intestinal, portadores de síndromes genéticas, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC).
Também temos como fator de risco o consumo de carnes processadas (salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru e salame) e a ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana) aumentam o risco para este tipo de câncer.
PREVENÇÃO
Manter hábitos de vida saudáveis, como prática de atividade física regular, manter o peso corpóreo dentro dos limites da normalidade, alimentação saudável rica em fibras, alimentos in natura e minimamente processado, evitar o uso de tóxicos como fumo e álcool.
SINTOMAS
Os sintomas mais frequentes associados ao câncer do intestino são:
• Sangue nas fezes;
• Alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre, alternados);
• Dor ou desconforto abdominal;
• Fraqueza e anemia;
• Perda de peso sem causa aparente;
• Alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas);
• Massa (tumoração) abdominal.
DIAGNÓSTICO
A colonoscopia é o método mais eficiente de detectar. Ela é recomendada tanto para os pacientes que tenham os sintomas, quanto para aqueles que se enquadram na chamada população de risco nestes casos a indicação desse exame é de modo preventivo.
Essa é uma forma extremamente eficaz de combater o câncer colorretal e está diretamente relacionada com a queda do número de casos novos e de morte por essa doença.
TRATAMENTO
Uma vez feito o diagnóstico e os exames complementares é planejado o tratamento. Dependendo de como esteja à doença no corpo, ou seja, se ele está localizado ou já foi para outros órgãos, a decisão pode modificar entre operar logo, fazer quimioterapia ou radioterapia antes. Vamos exemplificar para ficar mais fácil. Supondo que uma pessoa tenha câncer no cólon direito, e os exames complementares mostrarem que a doença está localizada apenas no intestino, o tratamento será a cirurgia. A partir daí será feita uma análise mais detalhada do tumor e o oncologista decidirá se a cirurgia foi o suficiente ou haverá necessidade de se fazer alguma quimioterapia de reforço. No caso de se identificar uma metástase no fígado, pode se optar por fazer a quimioterapia antes da cirurgia.
Perca o medo, conscientize-se. O câncer colorretal tem cura, principalmente quando diagnosticado no início, caso apresente alguns dos sintomas citados, procure o Centro de Oncologia do Hospital Vera Cruz.
Dr. Ranyell M. Spencer
Cirurgião Oncológico
Av. Dr. Jesuíno Marcondes Machado, 394, Nova Campinas
Campinas – SP
Tel.: (19) 3751-3770
Publicado em 29/03/2019
Deixe seu comentário: